Marketing Estratégico, de Produto, de Guerrilha, Endomarketing, Operacional, Geomarketing, Marketing disso, Marketing daquilo e outros tantos que parece não ter fim.
Mas afinal “tudo é marketing” como se diz por aí, ou pode ser revestido por uma aura de Marketing?
Definitivamente, não. Além do anti-marketing existe o não-marketing, ou seja, a negação explícita do conhecimento desenvolvido pelos teóricos da administração.
Existem basicamente três ideias a serem refutadas de pronto e que muitos procuram insistentemente transformá-las em verdade por força da repetição:
1) A primeira ideia é que fazer marketing significa fazer de tudo para que as pessoas comprem:
• um cliente entra em uma loja onde os vendedores buscam empurrar um produto. Qual será a reação deste cliente? Será que ele vai querer possuir um produto que lhe está sendo empurrado goela abaixo ? Será que ele vai querer voltar a esta loja? Isso não é Marketing, ao contrário, o Marketing dá as chaves para identificar, aprofundar e melhor conhecer as necessidades do cliente. Ele também fornece referências para otimizar a oferta aos potenciais clientes. Pode ainda antecipar uma mudança na demanda de produtos e, assim, criar novas soluções para novas aplicações;
2) A segunda ideia é que o Marketing mais eficiente é aquele onde voce conseguiu manipular com habilidade e convencer o outro sem que ele tenha percebido:
• um Marketing eficaz consiste em incentivar um cliente a comprar um novo produto, e sobretudo a compra-lo novamente, de forma sustentável e faze-lo tornar-se embaixador da marca junto a seu networking. A manipulação pode ser convincente para a primeira compra, mas irá falhar no médio prazo. O cliente é em essência um ser inteligente, ou não?
3) A terceira ideia:
• os melhores profissionais de Marketing são aqueles que são capazes de vender qualquer produto, independentemente das circunstâncias. Esta era a caracterização do “mocinho” nos filmes sobre a conquista do oeste norte-americano. Montado em um cavalo, com uma arma e 6 balas exterminavam tribos inteiras e levavam a mocinha de brinde ao final do filme. Primeiro, o Marketing não se limita à venda. Em segundo lugar, se o Marketing permite criar argumentos para a venda, um profissional de Marketing excepcional domina, acima de tudo, a arte de adaptar a oferta que a empresa oferece ao seu meio ambiente.
Devemos nos manter vigilantes: muito além das várias pressões por resultado que chegam a todo instante, um dos principais fundamentos é que o Marketing é a arte e a ciência de avaliar com a devida maturidade uma análise e ações em ambientes em constante movimento. Portanto com base em uma abordagem rigorosa e estruturada já passou da hora de deixarmos para trás esta coisa rasteira que só enxerga o curto-prazo, uma vez que o longo prazo sempre nos alcança.
SUGESTÃO DE LEITURA: Marketing , Cases
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